Preços do petróleo têm uma recuperação parcial

Petróleo recupera parte das perdas com promessa de medidas de apoio nos EUA.

Os preços do petróleo têm uma recuperação parcial nesta terça-feira do tombo vivido pelo mercado na véspera (9), depois que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse que a Casa Branca e o Congresso se reuniriam para considerar medidas de alívio econômico “muito substanciais” para combater o coronavírus, que podem incluir um corte nos impostos sobre as folhas de pagamento.

Pouco antes de 7h45, o petróleo WTI para entrega em abril ganhava 8,96%, para US$ 33,92 por barril. Na segunda-feira, o petróleo WTI caiu US$ 10,15, ou 24,6%, para US$ 31,13, depois de negociar brevemente abaixo de US$ 28 no início do pregão. O Brent para maio, contrato de referência global, ganhava 8,50%, a US$ 37,28 por barril. Na segunda-feira, contrato caiu US$ 10,91, ou 24,1%, para fechar em US$ 34,36 o barril na ICE Europe.

O declínio percentual de segunda-feira para os dois contratos foi o maior desde janeiro de 1991, durante a Guerra do Golfo. Os preços do petróleo caíram depois que a Arábia Saudita, no fim de semana, cortou seus preços de exportação do óleo, em um movimento que muitos viram dirigido à Russia.

A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) estava pressionando seus membros e os aliados liderados pela Rússia a aprofundar os cortes existentes de produção em 1,5 milhão de barris por dia para dar sustentação aos preços. Mas Moscou rejeitou esse movimento nas negociações, que entraram em colapso na sexta-feira sem um acordo, o que significa que as restrições existentes expirarão no fim de março para os membros e não membros do cartel.

O potencial de uma guerra de preços entre a Arábia Saudita e a Rússia, combinado com as preocupações com a disseminação do coronavírus nos EUA, levaram os mercados financeiros ao caos na segunda-feira. Mas o petróleo se recupera nesta terça-feira, após alta dos mercados asiáticos e das ações europeias.

Também ajudou o apetite ao risco uma visita do presidente chinês Xi Jinping hoje a Wuhan, que se acredita estar no epicentro do coronavírus e o local mais afetado pela epidemia.